domingo, 13 de dezembro de 2009

LA NOCHE DE LAS ESTRELLAS

DOUGLAS GUTIÉRREZ
MARIA FERNANDA OLIVER

Tradução: Alba Valéria Freitas Dutra

Faz muito tempo, em uma aldeia que não está nem perto nem longe e sim do outro lado. Existia um Homem que não gostava da noite.
Durante o dia, à luz do sol, o homem desfrutava tecendo seus cestos, cuidando dos animais e regando sua horta. Às vezes, enquanto descansava, ele se punha a cantar. Mas quando o sol se escondia detrás da montanha, o homem que não gostava da noite se entristecia. Tudo ao seu redor ia ficando cinza, escuro e negro.
- Outra vez a noite! Que chato!
O homem recolhia seus animais, guardava os cestos, acendia a lâmpada e fechava sua casa. Às vezes chegava perto da janela, mas não havia nada para se ver no escuro da noite. Então ele apagava a lâmpada e se deitava para dormir.
Uma tarde, quando o sol desapareceu, o homem decidiu subir na montanha. A noite vinha tampando o céu azul. Ele escalou até o topo da montanha e de lá gritou:
- Olhe noite. Pára!!!
E a noite parou um momento.
- Que aconteceu? - perguntou a noite com voz suave e rouca
- Noite, eu não gosto de você! Quando você chega a luz se vai e com ela se vão todas as cores. Só fica a escuridão.
- Tem razão – respondeu a noite. É assim.
- Diga-me, para onde você leva a luz?
- Bem, a luz se esconde atrás de mim. Não posso fazer nada. Sinto muito.
E a noite terminou de estender-se e cobrir de negro todas as coisas. O homem desceu da montanha e se deitou para dormir. Mas não pôde dormir. Lembrava de sua conversa com a noite. No dia seguinte trabalhou muito pouco pensando e pensando nas palavras da noite. E naquela tarde quando a luz voltou a desaparecer, disse:
- Já sei o que tenho que fazer!
Subiu outra vez na montanha. A noite era um imenso toldo negro que cobria tudo. Quando chegou no topo da montanha, o homem ficou na pontinha dos pés, ergueu as mãos e com afundou um dedo no céu escuro. Um buraco se abriu e brilhou um pontinho de luz. O homem que não gostava da noite ficou contentíssimo. Abriu buraquinhos por todas as partes e em todas elas brilharam pontinhos de luz.
Maravilhado, ele fechou a mão de uma vez enfiou o punho inteiro. Então, abriu-se um buraco enorme por onde chegou uma luz grande e redonda como uma laranja.
A luz que escapava pelos buracos da noite desceu pela montanha, e um brilho tênue e prateado iluminou os campos, as casas, a igreja e a praça.
Essa noite ninguém dormiu na aldeia.
Desde então, quando o sol se vai, o céu se enche de luzes e as pessoas podem ficar até muito tarde da noite olhando a lua e as estrelas.
Os dois Lobos
Índios Norte Americanos

Um ancião índio descreveu os seus conflitos internos da seguinte maneira:
- Dentro de mim tenho dois lobos. Um deles é cruel e mau. O outro é muito bom. Os dois lobos estão sempre a brigar.
Quando lhe perguntaram qual o lobo que ganhava a briga, o ancião respondeu:
- Aquele que eu alimentar.